Há algumas semanas a cerveja Tagus da Sumolis lançou uma nova campanha para impulsionar as suas vendas. Chamada "Orgulho Hetero" fez correr muita tinta e extremou algumas posições devido à clara oposição do nome ao "Orgulho Gay" e as possíveis associações com o "Orgulho Branco". Penso que os autores da campanha nunca vislumbraram sequer as implicações de uma escolha tão arriscada. Aquilo que pretendia ser um site de encontros acabou fechado e substituído por uma declaração acerca da liberdade de escolha e de expressão para tentar lavar a imagem.
Em simultâneo a marca Italiana Dolce & Gabbana lançou em Portugal uma campanha arrojada de promoção às linhas de relógios e de jóias. Das campanhas da marca nos últimos anos (que não chegaram a Portugal) esta até será a mais neutra. Centrada mais no narcisismo do que na homossexualidade a verdade é que só se percebe que as raparigas e os rapazes são iguais quando se vê com mais atenção. Durante um intervalo normal de TV o mais provável é parecer absolutamente gay.
Detestei a campanha da Tagus por a achar no mínimo despropositada e de mau gosto. Por outro lado acho que a da Dolce & Gabbana é bastante boa. O facto de terem sido quase simultâneas deixa-me bastante feliz por dois motivos:
1º - O facto de coexistirem revela um país livre em que não há medo de mostrar diferentes visões (ainda que algumas dessas visões não sejam correctas).
2º - A inversão de sentido da campanha da Tagus mostra que a opinião pública e publicada do país não permite grandes retrocessos na área da igualdade de direitos. E foi no mínimo um claro aviso para possíveis iniciativas futuras na mesma área. Se as houver pelo menos estarão cientes dos sérios riscos negativos que correm em termos de imagem.
Para verem as campanhas cliquem nos links acima. Por uma questão de igualdade resolvi não colocar nenhuma delas directamente aqui. A campanha da Tagus ao invés da da D&G não tinha anuncio televisivo (pelo menos não o encontrei)....
Em simultâneo a marca Italiana Dolce & Gabbana lançou em Portugal uma campanha arrojada de promoção às linhas de relógios e de jóias. Das campanhas da marca nos últimos anos (que não chegaram a Portugal) esta até será a mais neutra. Centrada mais no narcisismo do que na homossexualidade a verdade é que só se percebe que as raparigas e os rapazes são iguais quando se vê com mais atenção. Durante um intervalo normal de TV o mais provável é parecer absolutamente gay.
Detestei a campanha da Tagus por a achar no mínimo despropositada e de mau gosto. Por outro lado acho que a da Dolce & Gabbana é bastante boa. O facto de terem sido quase simultâneas deixa-me bastante feliz por dois motivos:
1º - O facto de coexistirem revela um país livre em que não há medo de mostrar diferentes visões (ainda que algumas dessas visões não sejam correctas).
2º - A inversão de sentido da campanha da Tagus mostra que a opinião pública e publicada do país não permite grandes retrocessos na área da igualdade de direitos. E foi no mínimo um claro aviso para possíveis iniciativas futuras na mesma área. Se as houver pelo menos estarão cientes dos sérios riscos negativos que correm em termos de imagem.
Para verem as campanhas cliquem nos links acima. Por uma questão de igualdade resolvi não colocar nenhuma delas directamente aqui. A campanha da Tagus ao invés da da D&G não tinha anuncio televisivo (pelo menos não o encontrei)....
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