A Gorda

Terminaram ontem as representações desta peça no Teatro Villaret. Tive oportunidade de a ver na passada 4ª feira.

A peça começa num tom irónico bastante leve e embora vá ficando mais negra o humor está sempre presente. As coreografias entre cenas ajudam muito a dar um ritmo dinâmico e o desempenho dos actores está num nível elevado.

Quanto a mim o único aspecto menos bom desta representação foi o tom demasiado "declamatório" de Ricardo Pereira deu à personagem principal. De resto foi um óptimo espectáculo que não trata propriamente de uma gorda mas sim da diferença e do preconceito. O que está ali em causa é a marginalização que a sociedade faz daqueles que não cumprem todos os standard estabelecidos e a consciência dessa marginalização. Se não tivesse já terminado recomendava-a de certeza!

O Acontecimento

M. Night Shyamalan faz um dos géneros mais dificeis, o dos blockbuster de autor. Não conta com um grande orçamento mas é óbvio que as aspirações comerciais de cada filme são altas.

Depois de um quase suicido cinematográfico com A Senhora da Água chega O Acontecimento numa história com alguns vestigios do trauma colectivo do 11 de Setembro.

Sempre na onda do terror psicológico o filme deixou-me duas sequelas: ir a um parque já não é o mesmo e comer tiramisú passou a ser erótico... LOL

O resto não digo. Vão ver. Deste realizador ou se gosta ou se odeia, nunca há meio termo. Eu cá gostei. Acho que já fez melhor mas gostei.

Você decide: Plágio ou Reciclagem?

Robert Palmer - Addicted to Love


Shania Twain - Man, I Feel Like a Woman


Um agradecimento especial ao Macarrão que foi quem me falou neste fait-diver.

72 Virgens

Eu sei que já toda a gente viu há imenso tempo...

Mas continua a ter piada e eu só vi agora :P

KISS

Não me lembro de mais nenhuma banda com uma imagem tão marcante como os KISS, em grande parte devido ás suas caras pintadas de branco e preto.

Aqui fica uma das canções mais conhecidas. Uma concessão ao disco-sound que lhes garantiu um enorme sucesso embora tenha em simultâneo desiludido inumeros fãs.

I was made for loving you

Mobilidade

Ontem o país (mais a sul do que a norte) enfrentou a histeria da escassez de combustiveis numa espécie de ensaio do apocalipse.

Hoje, especialmente em Lisboa, será a noite de Santo António. Aquela noite em que os alfacinhas dos bairros históricos transformam tudo o que é janela ou porta para a rua numa tasca e em que os alfacinhas que foram empurrados para os suburbios pela especulação imobiliária voltam à cidade para comer sardinhas e bifanas a preços inflaccionados.

Como afinal já haverá camiões para transportar os petiscos parece que o melhor da festa está garantido.

E como já haverá gasolina e gasóleo o pior da festa também. Será o habitual caos do estacionamento e dos engarrafamentos do final de tarde agravados pelas ruas cortadas.

Num especial gesto de boa vontade o Metropolitano de Lisboa vai manter duas linhas a funcionar até as 2h da manhã(!). Considerando que os arraias se prolongam até altas horas e até mesmo o desfile das marchas está previsto acabar mais tarde não se compreende o porquê deste horário. O Metropolitano de Lisboa não é uma empresa municipal mas é uma empresa pública que presta um serviço publico! Ao contrário do que faz durante alguns festivais privados não vai manter o serviço até ao fim da festa e isso é o mesmo que dizer: "Não contem connosco!".

Na noite das festas da cidade esperava-se mais... especialmente quando andam todos preocupados com a ecologia e as empresas que poderiam contribuir para uma melhoria a esse nivel não se dão ao trabalho...

Olé!

Eu sei que este post já vem tarde mas ainda assim não queria deixar de comentar o caso.

Nunca gostei de touradas desde criança. Até que um dia, há uns 4 ou 5 anos, enquanto estava de férias assisti a uma tourada à espanhola na TVE (daquelas em que o touro morre e tudo). Não gosto muito da parte em que o touro é morto porque acho que é totalmente desnecessária mas o toureio a pé, em que o toureiro e o touro estão frente-a-frente, deliciou-me. Por isso mesmo o resto deste comentário será condicionado por esta postura.

Como podem ler aqui a RTP foi proibida de transmitir uma tourada prevista para a tarde do passado domingo pelo Tribunal de Lisboa por considerar que "é susceptível de influir negativamente na formação da personalidade de crianças e adolescente". E mais decidiu o tribunal que agora touradas só das 22h30 às 06h00 e com bolinha vermelha. Porque é que eu não concordo com isto?

Porque:
1 - Como nunca gostei de touradas não as vi-a em criança (e na altura nem comandos havia);
2 - Porque quem sempre decidiu o que eu poderia ver ou não na TV foram (e muito bem) os meus pais e parece que agora os tribunais os consideram inaptos para tal;
3 - Porque as regras de transmissão de programação devem ser legisladas de forma clara e transparente e não decididas casuísticamente por um tribunal;
4 - Porque existe em Portugal a ERC (Entidade Reguladora Para a Comunicação Social);
5 - Porque os mais de 10 milhões de Portugueses que já terão alguma vez visto uma tourada (nem que tenha sido para saber que detestam) não são hoje pessoas piores por isso.

Curiosamente, na passada sexta-feira em Madrid vi num restaurante cerca de 30 crianças que assistiam a uma tourada na televisão. Estarão agora traumatizadas e em risco de se tornarem marginais ou toxicodependentes por isso? Seremos piores que os povos que nunca viram esse espectáculo? E que dizer dos programas de wrestling?

No passado domingo, à mesma hora que a RTP tinha previsto transmitir a tourada, passava na SIC o filme "O Detonador" onde se podem ver bonitas cenas não violentas como pessoas em chamas. É este o mal de decisões casuísticas... Originam diferenças de critérios e criam uma censura encapotada aos nossos meios de comunicação social.

Black and Gold

Love It!

By Sam Sparro