"O Concerto" - Parte 2

Achavam que este assunto já tinha acabado?

Nah!!!! Apenas resolvi não escrever mais porque sabia que naquela altura toda a gente devia andar a escrever sobre o mesmo. E também tenho andado com preguiça... :P

A esta distância a minha visão já é obviamente diferente. Não, não estou a fazer uma piada acerca da minha localização ultra-priveligiada na 1ª fila que me permitiu ver um concerto que, pelo que consta, grande parte só ouviu. Apenas quero dizer as memórias com o tempo se vão esbatendo e filtrando e por isso mesmo a percepção do que efectivamente se passou vai-se alterando.

Nunca tinha visto nenhum concerto completo de Madonna embora já tivesse espreitado várias partes. Já sabia que tinha de ser encarado como um espectáculo musical e não como um concerto, que ia ser visualmente elaborado e ultra-coreografado e que seria uma performance non-stop desde os primeiros acordes. O que não sabia era que a senhora tem por hábito criar versões completamente diferentes de canções antigas.

De onde pude ver o concerto ganhei em proximidade, vi praticamente todos os pormenores de tudo o que se passou em palco e perdi em abrangencia. Só quando fui posteriormente espreitar ao YouTube é que percebi como resulta o efeito visual da cortina/ecrã que por vezes cobre a parte mais avançada do palco.

Acho que o concerto demorou um pouco a aquecer verdadeiramente principalmente porque o Parque da Bela Vista é uma espécie de anfiteatro afunilado e por isso mesmo o palco não ficava envolvido pela multidão. A velocidade de um concerto/performance deste tipo é avassaladora porque mesmo quando as coisas hipotéticamente teriam de abrandar, por ser fisicamente impossivel cantar e saltar daquela maneira, entram os playback que funcionam lindamente.

Para mim houve 4 momentos verdadeiramente excepcionais no concerto: 

- a coreografia de "Into the Groove";

- a versão metaleira de "Borderline" (nunca tinha gostado desta canção até ouvir esta nova versão);

- o confronto entre as várias Madonnas em "She's Not Me";

- a sequência final "Hung Up"/"Give It 2 Me"...

Venha a próxima tour!

MAMMA MIA!

Desculpem ser tão directo mas assistir ontem ao filme musical MAMMA MIA! só me fez recordar o quão bom é um outro filme musical estreado há menos de um ano.

Passou meio despercebido por não ter vedetas consagradas e também se baseia nas canções de uma outra banda de sucesso. Chama-se Across The Universe.

Não é nenhuma obra prima mas é muito mais arrojado e acima de tudo tem melhores versões e vozes. Ora vejam estes exemplos:

I Want to Hold Your Hand

Revolution

Strawberry Fields

"O Concerto"

Quer se goste quer não há que admitir que domingo em Lisboa decorreu o concerto do ano no nosso país.

Depois falarei da artista principal e do seu espectáculo. Mas para já tenho de fazer a justa homenagem a quem aqueceu as hostes.


Depois de um promissor inicio de carreira com este insonso Show Me Love, Robyn teve alguns grandes precalços com a sua editora que com má promoção quase ditou o seu fim.

Zangou-se. Fundou a própria editora e está agora de volta em grande. Começou o concerto com este forte Cobrastyle que não sendo um original seu é bem melhor que a versão original. Conseguiu de imediato por o publico a vibrar.


Depois de uma série de canções fortes onde pontilharam alguns dos êxitos da sua primeira fase o concerto termiou com aquela que para mim é uma das melhores canções dos ultimos anos: o lindissimo With Every Heartbeat.


Numa entrevista recente à revista Time Out Lisboa, quando confrontada com a questão de ter ficado ou não surpreendida com o convite de Madonna respondeu: Não. Acho que sou uma óptima opção para abrir os concertos de Madonna.

Pode parecer prepotência. Eu cá acho que ela só sabe o valor que tem.

She's back!

Espero que se divirtam a ver tanto quanto eu. :)